Estou me referindo ao livro Delírios Cotidianos, na versão desenhada por Mathias Schultheiss, mais especificamente, ao conto-quadrinho que dá nome ao post A puta de 135 quilos que começa da seguinte forma: "Na noite em que a puta de 135 quilos entrou, eu estava pronto para tudo. E aparentemente eu era o único a estar. Ela era terrivelmente gorda e não muito limpa..." Identificação imediata com a tal puta. Susto! As piores crueldades vem de mim mesmo... Como superar essa auto-sabotagem? Eu não sou puta, eu não sou suja. Mas mesmo com consciência disso a comparação inevitável estava posta: a semelhança era cruel "terrivelmente gorda". Então era isso: eu era terrivelmente, assim como a puta. Dizia pra mim mesmo: sou coisas além de terrível, [e isso não me descaracterizava]. A palavra não saía da cabeça: TERRIVELMENTE! Passei mal por uns três dias... Será que naquele momento eu era realmente a decadência ambulante ou existe formas de resignificar um corpo de 135 quilos. Eis a questão.
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